sábado, 15 de maio de 2010

A cantata política de Walmor Marcellino

Um versinho do Marcellino, sem eco na época:


CANTATA POLÍTICA

Walmor Marcellino (6/4/2007)


Herma de Cury postada à entrada
avisa ao Paraná quem está legislando;
os servidores se benzem à portada,
curvam cabeça a quem vão pleiteando.


Numa sociedade de Hermas a Curys
a esfera pública é indefectível privada,
se confundem tanto ao modo de júris
intrigados, onde a fraude é sancionada.


Em cada dez leis sendo uma premiada
com as eivas de privilégio e cartório;
a sociedade civil se curva assustada
alguns tomaram do Estado seu espólio.


A Ordem, de cartórios em precatório
mostra o poder que por aqui suserana
e quem demanda um direito regulatório
leve no contencioso ajuntada boa fama.


(Cole ao lado da cama e recite toda manhã:

“Queremos lei que é nosso rei; queremos rei
que é nosso pai”; depois faça objurgatórios.)

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